quarta-feira, 24 de julho de 2013

SOLENIDADE 9 DE JULHO 
CAMPINAS

Ocorreu na Praça Voluntários de 32, em frente ao Mausoléu do Cemitério da Saudade em Campinas a solenidade alusiva ao 9 de julho de 1932, quando tropas Paulistas se levantaram contra as tropas do governo federal.

Os heróis da Revolução Constitucionalista de 1932 foram lembrados em Campinas no dia 9 de julho, data que marca o inicio da Revolução naquele ano, quando civis e militares lutaram contra a ditadura do Governo Provisório de Getúlio Vargas.
A solenidade ocorreu em frente ao Mausoléu do Soldado Constitucionalista, no Cemitério da Saudade, onde estão enterrados 16 ex-combatentes campineiros, e contou com a presença de diversas autoridades.
Apenas um veterano de Campinas da Revolução Constitucionalista ainda é vivo. Natalino Antonio Augusto que esta com 103 anos, participou das homenagens no aniversário de 81 anos do conlito armado, vestido com farda de gala.
Assistiu à execução de hinos e marchas que foram executadas pela banda da Policia Militar, recebeu a Medalha Constitucionalista. Outro homenageado foi José dos Santos Marques, o José Lamparina, chefe dos Escoteiros de Campinas.
A Revolução de 1932 foi uma guerra civil em que o Estado de São Paulo se revoltou contra a ditadura do então presidente Getúlio Vargas. Por mais que tenha sido derrotada no campo de batalha, a Revolução Constitucionalista foi importante para a formação da identidade paulista e também para pressionar por nova Constituição.
Na leitura da Ordem do Dia, o Comandante de Policiamento do Interior, coronel Carlos de Carvalho Junior destacou que o movimento foi reverenciado por ter sido o mais importante evento cívico e militar do Estado de São Paulo."E nesse ano o momento é marcante porque a sociedade brasileira voltou a ver os jovens protestando nas ruas em busca de melhorias e muitos clamores populares já foram ouvidos. A Policia Militar apóia os movimentos pacíficos, mas continuará agindo com energia necessária contra ação de vândalos", garantiu.
O Comandante lembrou ainda que os heróis de 1932 tem sua memória preservada e devem servir de inspiração para os jovens de 2013 para a luta pacífica.
Dois momentos especiais de celebração deixaram o público emocionada. De trás do Mausoléu, apareceram soldados representando cada um dos combatentes campineiros, marchando e com um rifle nos ombros, vestindo uma farda de época. Eles permaneceram em posição de sentido na frente do movimento. A cada nem chamado dos soldados mortos, o representante respondia "presente".
Outro momento de emoção foi ao som da corneta com o Toque de Silêncio, no momento em que dois escoteiros depositaram uma coroa de flores no mausoléu.

ESCOTEIROS

Todos os anos, grupos de escoteiros de Campinas participam das celebrações do 9 de julho. Este ano, José dos Santos Marques, conhecido como José Lamparina, também foi homenageado e ganhou a Medalha Constitucionalista. O envolvimento dos escoteiros na revolução remete a um capítulo do levante armado. É que o escoteiro Aldo Chioratto, de 9 anos fazia entrega de correspondência e morreu no dia 18 de setembro de 1932, durante um dos dez bombardeios aéreos sofridos pela cidade. O alvo das tropas federais na época era a estação ferroviária, de onde partiam os batalhões que se entrincheiravam pelas divisas de São Paulo com Minas Gerais e Paraná. 

Fonte: Jornal Correio Popular "Vilma Gasques"
Foto: Carlos Sousa Ramos /ANN
http://correio.rac.com.br/_conteudo/2013/07/capa/campinas_e_rmc/78813-campinas-lembra-herois-da-revolucao-constitucionalista.html


Revolução Constitucionalista de 1932
Solenidade 9 de julho 2013 - Campinas
Mausoléu do Cemitério da Saudade



Escoteiro Aldo Chioratto (1922-1932)


Solenidade ocorrida no Mausoléu do Cemitério da Saudade


Toque de Silêncio


Arriamento do Pavilhão Nacional


Solenidade ocorrida no Mausoléu do Cemitério da Saudade


Solenidade ocorrida no Mausoléu do Cemitério da Saudade


Autoridades presentes na solenidade


Veterano Natalino Antonio Augusto 103 anos

terça-feira, 16 de julho de 2013

REVISTA NORTE-AMERICANA PUBLICA ENSINAMENTOS DO PRESIDENTE DA SOCIEDADE MMDC AOS ESTUDANTES SOBRE A REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932

PUBLICAÇÃO NA FAMOSA REVISTA DIGITAL CHAPEL DOS ESTADOS UNIDOS SOBRE ENSINO AOS ESTUDANTES MINISTRADO PELO PRESIDENTE DA SOCIEDADE MMDC DURANTE AULA DE ESTUDOS SOCIAIS BRASILEIROS.

Para ver a publicação original da matéria favor clicar no link abaixo texto e tradução para o português elaborado por (Egydio J. Tisiani).


 Revista Digital

TEXTO ORIGINAL PUBLICADO NA REVISTA NORTE AMERICANA


Coronel talks about the events during the Revolution of 1932


On the first of April, the students from the 9th and 10th Grades received a visit from the president of Sociedade M.M.D.C. (M.M.D.C. Society), Cel. Mário Ventura, during a lesson of Brazilian Social Studies. The lecturer´s contribution fits into the context taught to the students in the classroom about the ‘1930 Revolution’ and ‘Constitutionalist Movement of 1932’.
The abbreviation M.M.D.C., which today characterizes the upheaval, is the acronym of the initials of the names of the activists from São Paulo, Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa and Antônio Camargo de Andrade killed by the federal troops in a confrontation that took place on May 23, 1932, in the center of São Paulo. This confrontation marks the beginning of the constitutionalist epic
 
  
  The abbreviation M.M.D.C. which today characterizes the 
upheaval, is the acronym of the initials of the 
names of the activists from São Paulo: Martins, Miragai, Dráusio and Camargo.

 According to the teacher, this explains why in the “heart” of the city of São Paulo, in Vale do Anhangabaú, arose two of the city’s largest avenues : 23 de Maio (May, 23th) and Nove de Julho (July, 9th), the latter to honor the day the confrontation began.
Another curious fact that is attributed to the constitutionalist movement and to the M.M.D.C., besides the holiday in honor of the revolution, is that in almost all the cities in the State of São Paulo there is a street, square or avenue with the name “Nove de Julho”.
The president of the M.M.D.C.’s visit brought the topic of the Revolution to life in the classroom giving color and emotion to the facts stated in the textbook.

TRADUÇÃO

CORONEL FALA SOBRE OS EVENTOS DURANTE A REVOLUÇÃO DE 1932

No dia primeiro de abril, os alunos do 9º e 10 graus receberam a visita do presidente da Sociedade MMDC, Cel Mário Ventura, durante uma aula de Estudos Socias brasileiras. A contribuição do professor se encaixa no contexto ensinado aos alunos em sala de aula sobre a Revolução 1930 e Movimento Constitucionalista de 1932. A sigla MMDC, que hoje caracteriza a revolta, é a sigla das iniciais dos nomes dos ativistas de São Paulo, Mário Martins de Almeida, Euclides Miragaia, Dráusio Marcondes de Sousa e Antônio Camargo de Andrade mortos pelas tropas federais num confronto ocorrido em 23 de maio de 1932, no centro de São Paulo. Este confronto marca o inicio da epopeia constitucionalista. A sigla MMDC, que caracteriza a revolta, é a sigla das iniciais dos nomes dos ativistas de São Paulo: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo.
De acordo com o professor, isso explica por que no "coração" da cidade de São Paulo, no Vale do Anhangabaú, surgiram duas das maiores avenidas da cidade: 23 de maio e nove de julho, este último para homenagear o dia do inicio do confronto.
Outro fato curioso que é atribuído ao movimento constitucionalista ao MMDC, além do feriado em homenagem à revolução, é que em quase todas as cidades do Estado de São Paulo há uma rua, praça ou avenida com o nome "Nove de Julho".
A visita do presidente do MMDC trouxe vida ao tema Revolução na sala de aula dando cor e emoção aos fatos mencionados no livro.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

MEDALHA DA CONSTITUIÇÃO


No dia 9 de julho houve a entrega da Medalha da Constituição na Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo. Recebi esta honraria por indicação do Cel PM Mário Fonseca Ventura, presidente da Sociedade Veteranos de 32- MMDC a qual foi aprovada pelo Deputado Estadual Major Olímpio.
No inicio a medalha premiava quem tivesse participado do Movimento Constitucionalista, na condição de militar ou civil, tendo sido criada pouco mais de um mês depois da medalha MMDC.
Escoteiros, enfermeiros, ou quem tivesse trabalhado nos serviços de assistência, tanto na linha de frente como na retaguarda, também podia recebê-la.
Hoje, a outorga dessa medalha foi estendida a não combatentes, e aqueles que de algum modo cultuam o Movimento Constitucionalista de 32.
A frase “pola lei e pola grei” descrita na medalha é português arcaico, significando “pela lei e pelo povo”
A Medalha foi oficializada pela Resolução da Assembleia Legislativa de São Paulo nº 330 DE 25 de junho de 1962.
Foto da Medalha no link: http://medalhisticamilitarpaulista.blogspot.com.br/2012/07/medalha-da-constituicao-1989.html
Foto da solenidade também no link:  http://www.al.sp.gov.br/geral/noticia/noticia.jsp?id=336615
Fotos: Patricia Afonso Siqueira


Diploma



Medalha da Constituição 


Deputado Estadual Major Olímpio presidio a Solenidade em comemoração aos 81 anos da Revolução Constitucionalista de 1932, na qual houve a entrega de Diploma e Medalha da Constituição, a maior honraria da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo


Deputado Estadual Fernando Capez


O Cel PM Mario Fonseca Ventura, presidente da Sociedade Veteranos de 32 " MMDC, destacou que pela primeira vez foi possível reunir e homenagear com o diploma e a Medalha da Constituição os 19 núcleos do MMDC: José Carlos de Barros Lima, da Lapa, na capital; Jefferson Biajone, de Itapetininga; Egydio João Tiasini e Edson Rontani Júnior, de Piracicaba; José Roque Dias, de Buri; Anderson Luiz Alves dos Santos, de Cruzeiro; Carlos Henrique Lorenço Rovina, de Araçatuba; Maria Helena de Toledo Silveira Melo, de Jaguariúna; João Francisco de Aguiar, de São Pedro; Vitor José Bazzo, de Presidente Prudente; Silvio Luiz da Rocha, de Santo André; Eduardo Ceneviva Berardo, de Catanduva; Gisele Arruda Domingues, de Campina do Monte Alegre; Claudemir Portilho Mateus Junior, de Osasco; Antonio Carlos Soares, de Campinas; Guilherme Mantovani Coli, de Amparo; Giovanni Spirandelli da Costa, de São José do Rio Preto; Aluysio Francisco Gama Baía, de Barueri; e Ricardo de Goes Correia, da capital (APMBB).




Auditório da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo


Auditório da Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo


Alunos da Academia do Barro Branco com fardas da Revolução Constitucionalista de 32


Alunos da Academia do Barro Branco com fardas da Revolução Constitucionalista de 32


Alunos da Academia do Barro Branco com fardas da Revolução Constitucionalista de 32


Público presente na solenidade


Público presente na solenidade
 

Presidente do NC MMDC de Guarulhos  Silvio da Rocha - Presidente do NC MMDC de Campinas Cb PM Antonio Carlos Soares - Presidente do NC MMDC de São Pedro Prof. João Francisco de Aguiar - Presidente do NC MMDC de Jaguariúna Maria Helena de Toledo Silveira Melo - Presidente do NC MMDC de Araçatuba 1º Ten PM Carlos Henrique Lourenço Rovina - Presidente do NC MMDC de Piracicaba sendo representado por seu filho Dr. Vitor Egydio Tisiani


1º Ten PM Rafael Cambuí Mesquita Santos ladeado por diretores da sucursal do MMDC em Campinas


Cb PM Antonio Carlos Soares presidente do 18º Núcleo de Correspondência MMDC Campinas - Comandante Geral Cel PM Benedito Roberto Meira


1º Ten PM Rafael Cambuí Mesquita Santos presidente do Núcleo MMDC Campinas - Cb PM Antonio Carlos Soares presidente do 18º Núcleo de Correspondência MMDC Campinas 


Prof. Jefferson Biajone presidente do NC MMDC de Itapetininga ladeado pelo 3º Sgt PM Claudemir Portilho Mateus Junior presidente do NC MMDC de Osasco e pelo Cb PM Antonio Carlos Soares presidente do NC MMDC de Campinas

quarta-feira, 10 de julho de 2013

SOLENIDADE 9 DE JULHO
SÃO PAULO

Ocorreu na Avenida Pedro Álvares Cabral em frente ao Obelisco do Ibirapuera em São Paulo a solenidade alusiva ao 9 de julho de 1932, quando tropas Paulista se levantaram contra as tropas do governo federal.


Dia 9 de Julho é comemorado feriado civil paulista por intermédio da lei 9497/97, em memória a Revolução Constitucionalista de 1932. Mais que um feriado é tempo de retornar a história relembrando a década de 30.
Getúlio Vargas assume o poder após um golpe de Estado tornando seu governo pouco democrático, as oligarquias cafeeiras e o povo paulista restavam descontentes com a condução do país e do Estado. Getúlio assumira o poder perante a deposição do então Presidente recém-eleito, Júlio Prestes, passando a governar com amplos poderes, fechando o Congresso Nacional e as assembleias legislativas.
Em 1932, com a demora para a convocação de uma assembleia constituinte, passou a imperar um ânimo de inconformismo com a interferência federal nos Estados, governados por interventores nomeados por Vargas.
No seio do povo paulista, foi brotando um sentimento de patriotismo e o clamor por uma nova Constituição. 
Um dos marcos históricos do período foi a manifestação ocorrida na Praça da República, em 23 de maio daquele ano. O acirramento entre os grupos divergentes foi tamanho, aliado ao vigor impresso na ação de retomada da ordem por parte da polícia, que acabou por vitimar fatalmente os quatro jovens Miragaia, Martins, Dráusio e Camargo, cujas iniciais batizaram o movimento pela Constituição como MMDC. Um outro jovem chamado Alvarenga, morreu alguns meses depois, em virtude dos ferimentos sofridos naquele episódio.
O espírito paulista estava pronto para a revolução e, em 09 de julho, lançou-se no combate. Toda a sociedade se mobilizou em torno dos ideais paulistas. Doações de toda ordem foram feitas: dinheiro, prataria, joias. As indústrias apoiavam na fabricação bélica, na confecção de fardamentos, produção de alimentos e em outras frentes importantes relacionadas à logística da empreitada.
Apesar do irrefutável denodo dos combatentes e do suporte do restante da população, São Paulo não poderia vencer sozinho as tropas federais que se mobilizavam para debelar os insurgentes. Era necessária a ajuda de outros Estados, e os nossos soldados contavam com ela, mas a ajuda não veio.
Pouco a pouco, o contingente foi-se esfacelando, os recursos começaram a rarear, o moral foi-se abatendo, até que, no início de outubro daquele ano, o levante capitulou. Mais de 35 mil paulistas combateram. Segundo as estatísticas oficiais, pelo menos 890 pessoas morreram.
Apesar da derrota no campo de batalha, o movimento alcançou seu objetivo, ou seja, foram convocadas eleições para uma assembleia constituinte logo após o conflito e, em 1934, foi promulgada uma nova Constituição.
Fonte: Policia Militar do Estado de São Paulo.
Fotos: Patricia Afonso Siqueira


A história da Revolução Constitucionalista de 1932

A solenidade ocorrida em 9 de julho em frente ao Mausoléu do Soldado Constitucionalista teve a seguinte programação:


09h Chegada do Governador do Estado de São Paulo



Governador Geraldo Alckmin

09h05 Continência ao Senhor Governador  e deslocamento para o palanque


Governador Geraldo Alckmin, recebe do Presidente da Sociedade Veteranos de 32 MMDC, Cel PM Mário Fonseca Ventura o Colar da Vitória evocativo dos 80 anos da Revolução Constitucionalista


Governador Geraldo Alckmin ladeado pelo Cel PM Antonio Carlos Mendes e Cel PM Mário Fonseca Ventura

09h10 Canto do Hino Nacional


09h15 Cerimônia de transmissão do Cmdo do Exército Constitucionalista sob a presidência do Comandante Geral da Policia Militar



Sr. Amado Rubio passa o Comando do Exército Constitucionalista dos Veteranos de 32 ao Sr. William Worth



Comandante do Exército Constitucionalista dos Veteranos de 32 - William Worth


Comandante do Exército Constitucionalista dos Veteranos de 32 - William Worth


09h25 Cerimônia de sepultamento dos heróis homenageados, na seguinte conformidade:

Chegada das urnas


Chegada das urnas

Condução das urnas até o Mausoléu do Soldado Constitucionalista

 Condução das urnas até o Mausoléu do Soldado Constitucionalista

Condução das urnas até o Mausoléu do Soldado Constitucionalista

Condução das urnas até o Mausoléu do Soldado Constitucionalista

Chamada simbólica dos heróis ao som da marcha fúnebre executada pela banda

Chamada simbólica dos heróis ao som da marcha fúnebre executada pela banda


Honras fúnebres executadas pelo 3º Batalhão de Policia de Choque 

Honras fúnebres executadas pelo 3º Batalhão de Policia de Choque 



ORAÇÃO ANTE A ÚLTIMA
TRINCHEIRA

(Poesia  de Guilherme de Almeida)


Agora é o silêncio...

É o silêncio que faz a última chamada...

É o silêncio que responde:

— "Presente!"

Depois será a grande asa tutelar de São Paulo,
asa que é dia, e noite, e sangue, e estrela, e mapa
descendo petrificada sobre um sono que é vigília.

E aqui ficareis Heróis-Mártires, plantados,
firmes para sempre neste santificado torrão de
chão paulista.

Para receber-vos feriu-se ele da máxima
de entre as únicas feridas na terra,
que nunca se cicatrizam,
porque delas uma imensa coisa emerge
e se impõe que as eterniza.

Só para o alicerce, a lavra, a sepultura e a trincheira
se tem o direito de ferir a terra.

E mais legítima que a ferida do alicerce,
que se eterniza na casa
a dar teto para o amor, a família, a honra, a paz.

Mais legítima que a ferida da lavra,
que se eterniza na árvore
a dar lenho para o leito, a mesa, o cabo da enxada,
a coronha do fuzil.

Mais legítima que a ferida da sepultura,
que se eterniza no mármore
a dar imagem para a saudade, o consolo, a benção,
a inspiração.

Mais legítima que essas feridas
é a ferida da trincheira,
que se eterniza na Pátria
a dar a pura razão de ser da casa, da árvore
e do mármore.

Este cavado trapo de terra,
corpo místico de São Paulo,
em que ora existis consubstanciados,
mais que corte de alicerce, sulco de lavra,
cova de sepultura,
é rasgão de trincheira.

E esta perene que povoais é a nossa última trincheira.

Esta é a trincheira que não se rendeu:
a que deu à terra o seu suor,
a que deu à terra a sua lágrima,
a que deu à terra o seu sangue!

Esta é a trincheira que não se rendeu:
a que é nossa bandeira gravada no chão,
pelo branco do nosso Ideal,
pelo negro do nosso Luto,
pelo vermelho do nosso Coração.

Esta é a trincheira que não se rendeu:
a que atenta nos vigia,
a que invicta nos defende,
a que eterna nos glorifica!

Esta é a trincheira que não se rendeu:
a que não transigiu,
a que não esqueceu,
a que não perdoou!

Esta é a trincheira que não se rendeu:
aqui a vossa presença, que é relíquia,
transfigura e consagra num altar
para o vôo até Deus da nossa fé!

E pois, ante este altar,
alma de joelho à vós rogamos:

— Soldados santos de 32,
sem armas em vossos ombros,
velai por nós!;
sem balas na cartucheira,
velai por nós!;
sem pão em vosso bornal,
velai por nós!;
sem água em vosso cantil,
velai por nós!;
sem galões de ouro no braço,
velai por nós!;
sem medalhas sobre o cáqui,
velai por nós!;
sem mancha no pensamento,
velai por nós!;
sem medo no coração,
velai por nós!;
sem sangue já pelas veias,
velai por nós!;
sem lágrimas ainda nos olhos,
velai por nós!;
sem sopro mais entre os lábios,
velai por nós!;
sem nada a não ser vós mesmos,
velai por nós!;

sem nada senão São Paulo,
velai por nós!

  
Após o chamamento dos heróis , marcha fúnebre, salva de tiros as urnas foram conduzidas para o interior do Mausoléu, onde o Capelão da Policia Militar procedeu a benção e encomendação, bem como o sepultamento. O Governador Geraldo Alckmin juntamente com o Cel PM Mário Fonseca Ventura presidente da Sociedade Veteranos de 32 MMDC, depositaram flores junto ao túmulo do Herói Jacente;


09h55 Cerimônia de outorga da Medalha Constitucionalista;



Comandante Geral da Policia Militar do Estado de São Paulo juntamente com outras personalidades fazem a entrega da Medalha Constitucionalista


Comandante Geral da Policia Militar do Estado de São Paulo juntamente com outras personalidades fazem a entrega da Medalha Constitucionalista


Durante a entrega das Medalhas foi executado os acordes da canção “Paris Belfort”



PARIS BELFORT
(Letra - Guilherme de Almeida)

Nove de Julho é a luz da Pátria
Data mortal deste berço augusto
Dos bandeirantes denodados
Deste São Paulo vanguardeiro e justo

Nove de Julho é a Glória do Brasil
Cantado por São Paulo sob um lindo céu de anil

Nove de Julho é a luz da Pátria
Data mortal deste berço augusto
Dos bandeirantes denodados
Deste São Paulo vanguardeiro e justo

Nove de Julho heróica e bela data
Marco inicial da jornada democrata
Piratininga terra do trabalho
Onde são Reis a enxada e o malho

Pá pa ra ra pa pa ra pa rara ra ra pa pa ra pa ra

Seu povo altivo vai espalhando
Amor pela pátria e vai cantando
Solo querido terra amorosa
Pátria de bravos sempre formosa

10h20 desfile cívico e militar



Desfile embarcado 


Desfile embarcado


Fardamento da Revolução Constitucionalista de 32


Fardamento da Revolução Constitucionalista de 32


Exército



Marinha


Aeronáutica


Policia Militar apresentando os Estandarte


Alunos da Academia do Barro Branco


Cavalaria 


Cavalaria


Cavalaria


Cavalaria


Cavalaria com fardamento da Revolução Constitucionalista de 32


Cavalaria com fardamento da Revolução Constitucionalista de 32


Escoteiros


Escoteiros


Escoteiros


Walter Mello Vargas presidente da ABFIP-ONU