sexta-feira, 25 de julho de 2014

GUILHERME DE ALMEIDA 
o poeta da Revolução de 1932



Há 124 nascia o poeta GUILHERME DE ALMEIDA, em Campinas, no dia 24 de julho de 1890. Falece em 11 de julho de 1969. Como um dos alunos mais brilhantes do antigo Colégio SÃO LUIZ, de ITU, e da Faculdade do Largo São Francisco, começou a aparecer como colaborador de revistas e jornais diversos. Ocupando-se também de heráldica, venceu o concurso instituído para escolha do BRASÃO de SÃO PAULO. Em 1928, foi convidado a ocupar a cadeira de seu pai na Academia Paulista de Letras e, logo em seguida, 1929, se candidatou e ocupou a vaga deixada por AMADEU AMARAL na Academia Brasileira de Letras. Um dos cargos ao qual dedicou o melhor de sua inteligência foi o de Presidente da Comissão do IV CENTENÁRIO DE SÃO PAULO. 
Foi desse trabalho que teve a ideia de criar uma entidade de intercâmbio cultural, em 17 de novembro de 1956, a ALIANÇA CULTURAL BRASIL-JAPÃO. Em 1960, o presidente JUSCELINO KUBITSCHEK honrou-o com convite para ser Orador Oficial da inauguração de BRASÍLIA. A nova capital do País deve a GUILHERME DE ALMEIDA não só a Prece Natalícia, mas também o Brasão e a Bandeira. 
Quando morreu, a 11 de julho de 1969, com 79 anos, conservando até o fim uma jovialidade e vivacidade de espírito que fazia inveja a muito adolescente, ainda tinha diversos projetos em andamento. GUILHERME DE ALMEIDA foi, mais uma vez, distinguido pelo governo de vários países: PORTUGAL, três comendas; ROMÊNIA e FRANÇA, duas; SÍRIA, ITÁLIA e JAPÃO (Comenda do Tesouro Sagrado). 
Do BRASIL, GUILHERME DE ALMEIDA recebeu em 1959 um título mais valioso que qualquer reconhecimento oficial: o de PRÍNCIPE DOS POETAS BRASILEIROS, como sucessor de ALBERTO DE OLIVEIRA e OLAVO BILAC, resultado de uma eleição de âmbito nacional promovida pelo CORREIO DA MANHÃ, do RIO DE JANEIRO. 


Guilherme de Almeida
Príncipe dos Poetas Brasileiros


Especial destaque deve ser dado a GUILHERME DE ALMEIDA pela sua participação na REVOLUÇÃO CONSTITUCIONALISTA DE 1932, como se pode constatar pelo Decreto Nº 8.296, de 11 de julho de 1969: 


DECRETO Nº 8.296, DE 11 DE JULHO DE 1969

PAULO SALIM MALUF, Prefeito do Município de SÃO PAULO, usando das atribuições que lhe são conferidas por lei; 
CONSIDERANDO a vida de GUILHERME DE ALMEIDA um exemplo que deve ser seguido e cultuado pelas gerações futuras; 
CONSIDERANDO a grandeza heroica de sua vocação patriótica e o amor que devotou aos destinos de seu povo; 
CONSIDERANDO a genialidade de sua poesia, a têmpera de seu caráter, o idealismo de seus gestos e a nobreza de seu coração; 
CONSIDERANDO o significado deste reencontro do poeta com sua Causa, do homem com seus irmãos, da palavra iluminada com o Verbo que habita o Mausoléu dos Heróis de 32; 
CONSIDERANDO que a história, a terra, a gente de PIRATININGA, na lembrança imorredoura do seu maior Poeta, exigem que GUILHERME DE ALMEIDA repouse no coração de sua “ÚLTIMA TRINCHEIRA”, 

DECRETA: 
Art 1 º - Fica permitida em caráter excepcional, a inumação dos restos mortais do Poeta GUILHERME DE ALMEIDA, na cripta do MAUSOLÉU DOS HERÓIS DE 1.932, no PARQUE IBIRAPUERA. 
Art 2 º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. 

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
11 de julho de 1969, 416 º da fundação de SÃO PAULO. 

Prefeito
PAULO SALIM MALUF. 


O passo do Soldado

Autor: Marcelo Tupinambá e Guilherme de Almeida Intérprete: 
Esta marcha ficou popularmente conhecida como “O passo do soldado”, mas seu nome original era “Marcha da Liga da Defesa Paulista”, entidade fundada em 28 de maio de 1932, no calor do enfrentamento crescente entre as forças políticas de São Paulo e o governo federal. Em julho, estouraria a Revolução Constitucionalista. 
Marcelo Tupinambá é pseudônimo do músico Fernando Lobo. 


Marca o passo, soldado, não vês, 
Que essa terra foi ele quem fez; 
Que seu passo é compasso seguro; 
Seu passado, o presente e o futuro. 

Vem, soldado, que grande tu és. 
Tua terra se atira aos teus pés. 
Estremece de orgulho e ergue os braços. 
Ergue braços e beira os seus passos. 

Marcha, soldado paulista, 
Marca seu passo na história. 
Deixa na terra uma pista, 
Deixa um rastilho de glória (Bis)






Canção da Policia Militar 

Letra: Guilherme de Almeida
Música:Maj PM Músico Alcides Jacomo Degobbi


Sentido! Frente,ordinário marcha!
Feijó conclama,Tobias manda
E na distância,desfila a marcha
Nova cruzada,nova demanda
Um só por todos,todos por um
Dos cento e trinta de trinta e um!

Legião de idealistas
Feijó e Tobias
Legaram-na aos seus
Tornando-os vigias
Da Lei e Paulistas
"Por mercê de Deus"

Ei-los que partem!
Na paz, na guerra
Brasil Império,Brasil República
Seus passos deixam, fundo na terra
Rastro e raízes: é a Força Pública
Multiplicando por mil e um
Os cento e trinta de trinta e um

Legião de idealistas...

Missão cumprida em Campo das Palmas
Laguna, heroísmo na "Retirada"
Glória em Canudos; e de armas e almas,
Ao nosso Julho da Clarinada
Sob as arcadas vêm um a um,
Os cento e trinta de trinta e um

Legião de idealistas...


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